Seguidamente sou convidada à participar de blogagem coletivas e eventos
de pastagem sobre variados assuntos, mas quase nunca participo e resolvi
escrever aqui pq raramente aceito.
Embora muitas pessoas não vêem (ou insistem em não ver) existe muito bullying materno na pracinha-blogosfera, e o que você escrever pode te crucificar e ser banida pra sempre da pracinha!
E isso tem me espantado muito, ultimamente porque...
... sinceramente pouco importa...
Se você é branca, preta, mulata, rosa, amarela, verde ou colorida (incluindo aqui tattoos);
Se é de alguma religião ou ateísta;
Se é de alguma religião ou ateísta;
Se ficou horas sofrendo de dores de parto horríveis e maravilhosas, se
marcou cesariana, entrou no hospital, tomou anestesia e saiu com o
filho nos braços, sem dor alguma (ou com algumas) ou se adotou (e sei como esse processo
pode ser longo e dolorido);
Se amamentou dando peito, feliz da vida, amamentou no peito bravamente
apesar das dores, rachaduras, sangramentos e até perdeu um pedaço do
mamilo em função da sucção forte do seu filho, ou se amamentou dando alguma formula por "n" motivos;
Se resolveu casar, se separar, namorar, ser mãe solteira, pai solteiro, se é homo, bi, GLS, trans ou hetero (sim, misturei tudo);
Se você teve o filho e voltou ao trabalho depois da licença
maternidade (sofrendo ou não com isso), se voltou ao trabalho antes da licença
maternidade porque não aguentava mais ficar em casa ou se resolveu não
voltar mais a trabalhar fora, pra ficar com o filho;
Se você ama ficar em casa arrumando tudo, cozinhando e fazendo tudo
sozinha, se tem empregada pra fazer parte ou todo serviço da casa, se tem
babá e empregada, se odeia ficar em casa e vive na rua, em spas, salões
de beleza, shoppings ou se não tá nem aí pra nada;
Se você deixa seu filho com sua mãe, sogra, irmã, tia, babá ou não
consegue deixar seu filho com ninguém, nem mesmo com seu marido, pra ter
um tempinho só pra você;
Se seu filho come de tudo e só comida saudável, se ele nunca provou doces, nem Mclanches, nem Coca-Cola antes dos 5 anos, se ele não come nada ou só come
porcarias;
Se seu filho sempre dormiu na cama com você, se depois de algum tempo ele foi pra cama dele, mas com a babá eletrônica, circuito de TV interna e raios infravermelhos que captam movimentos ligados, todos em volume máximo ou foi direto pra cama dele, no quarto dele, ao nascer;
Se seu filho sempre dormiu na cama com você, se depois de algum tempo ele foi pra cama dele, mas com a babá eletrônica, circuito de TV interna e raios infravermelhos que captam movimentos ligados, todos em volume máximo ou foi direto pra cama dele, no quarto dele, ao nascer;
Se você segura firme a mão do seu filho em qualquer lugar, usa slings,
coleira para crianças ou deixa ele solto sem medo nenhum em lugares públicos;
Se você fala com seu filho usando vozes fininhas e engraçadas, cheias de erro de português ou se fala normalmente e corretamente sempre;
Se seu filho usa andador, fica o tempo todo no chiqueirinho, usa bico, fraldas de pano ou nada disso;
Se seu filho assiste qualquer coisa na TV aberta, só assiste canais de desenhos infantis e programas culturais em canais pagos ou se não assiste nada de TV;
Se seu filho lê tudo que vê pela frente, lê só gibis ou se seu filho não gosta de ler;
Se seu filho aprendeu a ler, falar, desenhar, fazer xixi ou virar estrelinhas antes dos meus;
Se eu filho estuda em colégio particular, militar, Wardolf, Montessoriano, público, se é desescolarizado, estuda em casa ou não estuda (ok! ok! misturei tudo,
eu sei);
Se você higieniza bico, mamadeira, brinquedos, mãos dos filhos a cada
segundo com água fervendo/lencinho umedecidos/álcool gel ou deixa a
vitamina "S" imunizar seu filho;
Se seu filho faz aulas extras de línguas, esportes, teatro, artes ou se ele fica em casa a tarde inteira;
Se você leva seu filho tomar sol todos os dias na pracinha, passear no Shopping, ou se ele fica em casa o dia inteiro;
Se você deixa seu filho ficar horas na frente do computador/ videogame/iPad sem ou com supervisão, se ele tem uma hora limitada por
semana pra brincar com essas coisas eletrônicas, ou se não pode usar
essas coisas por qualquer que seja o motivo;
Se seu filho é bem calmo e educado, sabe se comportar em todas as
ocasiões exemplarmente e civilizadamente ou se ele faz birras em locais
públicos, grita, corre, derruba as coisas, ri alto e loucamente de
felicidade ou tristeza;
Se você corre pro posto de saúde ou paga por todas as vacinas possíveis e
imagináveis que existam na face da terra ou se nunca vacina seu filho
por "n" motivos tipo: acreditar que as vacinas são feitas para que os grandes grupos
farmacêuticos possam dominar o mundo (!!! kkkk - risada maligna);
Se você castiga seu filhos com chineladas, palmadas, puxões de orelhas,
palavras severas, coloca no cantinho do pensamento por minutos -
conforme a idade, só conversa e diz que ele fez errado ou nem isso;
Se você mima seu filho demais ou é minimalista nos sentimentos;
Se você enche seu filho de presentes a toda hora, se só compra em datas
muito especificas, se faz tudo home made pra não gastar ou por ser mais
gostoso ou se não dá nada, a vida já é um grande presente;
Se você tem TPM e manda tudo a merda (de vez em quando ou sempre) ou se você tem uma santa paciência com tudo e é uma santa criatura;
Se é engajada socialmente, levanta bandeiras ou não tá nem aí;
Se escreve maravilhosamente, num português corretíssimo sempre, seu texto tem algumas letras sobrando, palavras estranhas - em função do corredor (ops!) corretor ortográfico ou se tem frases duplicadas e pensamentos cruzados porque você está sempre digitando enquanto você tenta fazer uma traça dupla na criança que está no seu colo e não para quieta ao mesmo tempo que atende o celular (é a sogra), ao mesmo que o marido está gritando no banheiro que esqueceu a toalha, ao mesmo tempo que o outro filho está no outro banheiro gritando por papel higiênico e quer que você o limpe, porque está com nojo, ao mesmo tempo que tenta terminar de teclar com sua mãe no Facebook, ao mesmo tempo que tenta ficar atenta ao arroz que está queimando, digo, cozinhando.
Se escreve maravilhosamente, num português corretíssimo sempre, seu texto tem algumas letras sobrando, palavras estranhas - em função do corredor (ops!) corretor ortográfico ou se tem frases duplicadas e pensamentos cruzados porque você está sempre digitando enquanto você tenta fazer uma traça dupla na criança que está no seu colo e não para quieta ao mesmo tempo que atende o celular (é a sogra), ao mesmo que o marido está gritando no banheiro que esqueceu a toalha, ao mesmo tempo que o outro filho está no outro banheiro gritando por papel higiênico e quer que você o limpe, porque está com nojo, ao mesmo tempo que tenta terminar de teclar com sua mãe no Facebook, ao mesmo tempo que tenta ficar atenta ao arroz que está queimando, digo, cozinhando.
(tirinha DAQUI)
Eu só quero sua amizade desinteressadamente!!!
Quer ler meus post? Leia!Não quer? Não leia! Quer comentar? Comente, ficarei feliz! Quer escrever pra mim? Eu respondo (posso
demorar, mas respondo). Quer bater um papo no face? Teclamos! Quer me convidar para fazer arte, tomar café, brincar na pracinha com os filhos? Sou
parceira!!!
Mas por que algumas pessoas precisam ser mal educadas (não só comigo, com todo mundo no Face, Twitter, MSN, IG, blog, vlog, email, etc...) ?
Esse mundo anda tão louco, tão mau, tão violento... E como eu quero
criar filhos melhores para o mundo, eu preciso dar o exemplo!
Eu quero
mais tolerância na pracinha-blogosfera. Porque condenar alguém que pensa diferente
de mim?
Cadê a educação, gente? Cadê a gentileza? Cadê a humildade? Cadê a elegância (oi?)?
Eu não sou dona da razão, não nasci sabendo e nem posso eu querer saber o
que e melhor para a família do outro? Não sei nem se estou acertando o
modo que estou criando meus próprios filhos: o resultado só saberei
daqui há alguns anos!
Como posso julgar o modo que outros criam os seus
filhos e vivem suas vidas? Julgar, criticar, xingar o outro por ser/agir diferente de
mim? I don´t think so...
Eu não quero que meus filhos cresçam preconceituosos, com qualquer tipo de "pré conceito", então não posso taxar e julgar, também. Posso ter uma opinião completamente diferente da sua e te falar de um modo BEM amigável, o que penso, sem ser de forma alguma dona da verdade! Simplesmente trocar ideias e não farpas!
Mas posso estar bem errada, e ficar sozinha na pracinha... não sei...
Gi, vc não está sozinha na pracinha, eu to contigo, vc sabe! E também penso assim! beijo
ResponderExcluirObrigada, Cynthia! Achei que o ia ficar no CRIC, CRIC...CRIC, CRIC...! kkkk!
ExcluirTe adoro, viu!?!
Bjos, Gi
Participo de várias blogagens coletivas, algumas nao tem nadaver c/ maternidade, mas para mim é como um mural, uma roda de conversa, uma forma de saber o que as outras pessoas estao pensando s/ determinado assunto. À medida em q decido participar tbm precisoo refletir e fiz várias descobertas que nao teria feito se nao fosse instada a pensar. A última, sobre amamentação me fez pensar justamente na jogação de mulheres na fogueira pq não amamentaram. P/ escrever, rei o q pensava no ano passado, vi outros blogs e escolhi um ponto de vista q não havia surgido ainda. Nao me importo em ficar sozinha na pracinha (talvez por ter so 30 seguidoores rsrsrs) mas o fato é q acho minha não-participação omissão e isto, sim, considero inadmissível - para mim, na minha vida.
ResponderExcluirOi, Patrícia.
ExcluirEu não sou contra o diálogo e a reflexão, como falei no texto até... só acho que tem muitas mães que agem com tanto preconceito e até contra mães que não fizeram exatamente como elas. E se você entra no blog delas há vários posts com discursos e pregações sobre o não ter preconceito e, na fala do dia a dia, são cheias de intolerância contra diversas formas de ser mãe.
Acho que a maioria busca fazer o melhor que pode, com o que tem e ninguém tem o direito de dizer que o meu jeito de criar é pior ou melhor, além de eu mesma.
Só um desabafo de TPM! kkk Nem foi diretamente pra mim, mas vi uma mãe que considerava muito muito mesmo, fazer um comentário totalmente desnecessário no face e daí a pessoa se revela e toda aquela humildade e beleza nos post vai por água...
Bjos e sucesso na revista!
Abraços, Gi e kids
oi, Gi, é a Zane...tu não vai ficar sozinha na pracinha, somos várias com o mesmo pensamento. temos que nos apoiar e deixar as radicais, xiitas, facistas e demais militantes fazerem seus discursos para quem quiser ouvir. Eu concordo com tudo que tu escreveu, vamos trabalhar com nossas crianças a tolerância, o respeito às opiniões diferentes e continuar com nossas tentativas. E quem quiser, siga, leia e opine, ou não. Bj!
ResponderExcluirOi Zane!
ExcluirSó um desabafo de TPM, é que as vezes aquela mulher que vc achava uma super mãe, é uma super preconceituosa e daí, mais uma vez a humanidade me decepciona! #prontofalei
Bjos, e temos que agendar um encontro na pracinha, mesmo!
Falei sobre isso essa semana no blog! Total sintonia. Acho que foi por isso que gostei de você logo de cara.
ResponderExcluirBjs
Oi, Diana!
ExcluirNão tinha visto!
Fui lá ler!
Deixo aqui o link pra quem quiser ler tb: ttp://inventare.com.br/uma-orelha-e-uma-teoria-furada/
Sabe que nos USA eles não furam a orelha da menina quando pequena pq daí teria que furar a do menino tb (pra que os 2 tenham direitos iguais). Então eles dão de presente de aniversário pras crianças, o furar de orelha, quando ela estiver com uns 6-7 anos.
Aqui em casa a Ceci teve a orelha furada pela enfermeira no hospital, quando teve alta, ou seja 3 dias de vida. :) E tb somos cheios de ideias furadas (mas as paredes não, pq o apê é alugado!KKK).
Sabe escrevi a bastante tempo, mas tava sem coragem de publicá-lo, até que vi a publicação de uma mãe (que considerava super na paz, fazer um comentário pra outras mães tri preconceituoso), daí resolvi postar o que tinha escrito mesmo. Tô cansada de adultos que pregam uma coisa pros filhos, como valores e atitudes, e depois saem xingando e destratando os outros, pq pensam de forma diferente!
Tô louca pra te encontrar pessoalmente!
Bjos, Gi
Minha amada,
ResponderExcluirConseguiste resumir em um post os meses de silêncio do Desconstruindo a Mãe. Vaidade, intolerância e preconceito me cansaram.
Espero que a coceirinha que anda me rondando cresça e eu volte a postar, a fazer parte do clube de mães, de uma outra forma.
Obrigada pelo teu post, achei maravilhoso e vou divulgar!
Beijo,
Ingrid
Bah! Guria, sinto muita saudade de ler teus post! Seguidamente vou lá (e não encontro nem o blog) pra ver se vc voltou! O mundo anda tão complicado!
ExcluirBjao, Gi e kids
Gi, amei isso! Esse mundo da maternidade é meio duro, mesmo. Tem radical para todos os lados! Eu que - justamente com a maternidade - descobri o prazer de rever muitos (pre)conceitos, acho 'um saco' esse policiamento, em que pese (como todas as mães) esteja sempre na 'neura' de ser a melhor mãe possível...mas para o meu filho (e para o mundo), não para as outras mães!
ResponderExcluirE, só pra não perder o hábito, repito: "na próxima vida quero ser filha da Gi"!!! (a frase não é minha, é da tua prima, mas eu nunca deixo de usar!). Beijo grande em ti e nesses teus dois filhos maravilhosos.
Oi, Xi. Claro que toda mãe quer fazer perfeito e melhor pro seu filho, eu só acho que não tem um jeito só e um jeito certo!
ExcluirAntes, achava que os festivais de música eram "punks" em função da rivalidade de alguns, mas o mundo das mães é bem pior!kkkk
Bjos, Gi
É, tb enchi o saco de toda essa ditadura da mãe perfeita...não estás sozinha não. O importante é estar perto de quem gosta de compartilhar opiniões, ideias e não daquelas que querem ensinar o "jeito certo"de educar e ser mãe. E viva a diversidade de ideias!
ResponderExcluirCom certeza, Greicy! VIVA, VIVA, VIVA! \O/ Bjos
ExcluirGi, seu post pode servir de eco para o coração de muita mãe (de todas as "vertentes").
ResponderExcluirMesmo tendo um perfil "semi-radical natureba" eu evito falar de filhos e afins no meu blog com receio de ser mal compreendida (o que é bem fácil nesse mundo escrito).
Eu amo ler e falar de parto, filhos, maternidade... participei das antigas listas de discussão (lá em 2003, 2004) que deram origem a todo esse movimento atual. Mesmo assim fico meio desconfortável com os excessos.
Tive os partos que quis, amamentei um bocado, mas a maternidade me atropelou. Eu me afastei de listas e do meu antigo blog depois que meus filhos nasceram.
Depois do parto humanizado, vem a maternidade humanizada e essa é bem mais difícil. Tenho mil deficiências, mas como a maioria faço o melhor que posso.
Torço o nariz para algumas coisas que vejo por aí que vão na contramão do que penso, mas cada um cada um, né? Cada mãe/família sabe porque faz suas escolhas.
Por exemplo: eu estou louca para ver o filme Renascimento, mas também quero ficar com você na pracinha, tem espaço? ;o)
bj!
Hehehe! Claro que tem, Alê!
ExcluirEu tb estou louca pra ver o filme!
Eu só acho que cada um faz do melhor jeito que puder e não deve condenar o que o outro fez, pq fez diferente. Eu acho lindo parto normal e jamais terei, não é pra mim. Amamentei, mas tenho muitas amigas que amariam amamentar e não puderam e outras que não conseguiram... quem sou eu pra condená-las?
Acho quanto mais gente diferente, mais rico, mais eu aprendo!
Bjão, Gi
Tão bom esse post, como eu não tinha lido antes?
ResponderExcluirAdoooro!
beijao
Lele
Oi, Helena!
ExcluirQue bom que gostou. É um desabafo. Eu sinceramente acredito em tudo que escrevi.
:)
Bjos e obrigada,
Gi e kids
Gi, querida, tô contigo e não abro. A blogosfera materna anda muito cheia de mimimi e tá ficando a cada dia mais chata. E óh, sozinha na pracinha tu não fica não porque você é uma pessoa muito legal, viu?? bjs :)
ResponderExcluirOiii. Obrigada, Vivi!
ExcluirTambém te acho muito legal! Estou louca pra te conhecer pessoalmente!
Bjos, Gi e kids