O dia começava de madrugada, pouco antes do sol e terminava cedo, pouco depois do sol se por. Tinha muito trabalho, tinha. Mas não era no ritmo alucinante de agora. Tudo era mais devagar, mais presente.
A guria do vestido vermelho estampado e pés descalços conta pra gente como ela aproveitava o dia, a natureza, a presença das pessoas e familiares na casa da roça.
Minha vó morava numa fazenda no interior do RS e lá passávamos o mês de férias de Dezembro ou Janeiro. Pegávamos ovos no galinheiro, colhíamos verduras na hora e frutas no pé, ajudávamos o vô a soltar os porcos e brincávamos com meus primos no açude (onde as pernas ficavam cheias de sangue-sugas depois. ECA!).
Minhas crianças fizeram muito pouco disso na vida... Uma pena.
O livro BURITI GRANDE de Marismar Borém e Lelis nos transporta no tempo para uma realidade mais simples e mais humana.
Da muita saudade das coisas simples, de não correr tanto e poder curtir mais o céu e as estrelas, o cheiro do café e da lenha queimando.
Muito lindo. Da Aletria.
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