Literatura é fundamental para a saúde!
Em 2012, me deparei com textos da Ana Maria Machado sobre literatura infantil e me fizeram pensar muito...
Depois descobri outros dois livros da mesma autora que me estimularam mais ainda a entrar no estudo da literatura infantil propriamente dito:
SILENCIOSA ALGAZARRA- Reflexões sobre livros e práticas de leitura, também da Companhia das Letras, de 2011.
É uma coletânea de artigos, ensaios e palestras em que traz ideias e críticas sobre livros e leituras: o incentivo da leitura, politicas de leitura, a importância da literatura infantil e juvenil principalmente no Brasil. Sua fala parte de suas experiências como autora e leitora, e o livro trata tanto da tarefa de formar leitores, quanto a divulgação da literatura infantil brasileira no exterior.
A autora lembra de sua infância com muitos primos e família numerosa, de como os encontros eram gostosos e com muita falação, risadas e bagunça, ou seja Algazarra. E como, hoje em dia, com tantos eletrônicos gritando e tirando a atenção das pessoas, os livros nas livrarias e nas bibliotecas (e até as pessoas) ficam silenciados, são algazarras em potenciais, que muitas vezes não acontecem, porque vivem fechados.
Ela discursa sobre intertextualidade,
sobre livros infantis,
faz algumas críticas às escolas, de como leitura é uma ferramenta que nos torna críticos, melhora nosso vocabulário,
nos faz conhecer novas culturas e principalmente nos ensina a aceitar a diversidade.
a importância da literatura ter linguagem simbólica e a prática de leitura com crianças hospitalizadas,
e também de censura na época da ditadura militar (ela foi presa 2 vezes - uma com o pai, aos 4 anos e outra quando era professora universitária, aos 28 anos), entre outros textos maravilhosos (como um onde a Ana fala, sobre aspectos teóricos dos contos populares e depois compara contos recolhidos pelos irmãos Grimm com as versões brasileiras desses contos apresentadas por Monteiro Lobato) . Uma discussão e tanto!
Ganhou o selo de Altamente Recomendáveis pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), em 2017.
Reúne 13 textos proferidos entre 1988 e 2011.
São todos textos apaixonados. Vemos como ela domina o assunto, expõe suas ideias e críticas e nos faz refletir sobre nosso papel enquanto agentes e mediadores de leitura. Os tantos questionamentos que ela levanta, suscitam ainda mais perguntas dentro de nós.
Sobre o prazer de escrever ou de ler, de como as vezes somos tão seduzidos pelo texto que nao conseguimos pensar em outra coisa, se não, voltar para ele (com um amante) o mais rápido possível.
Dialogando com outros teóricos que, como ela, pensam na literatura como um direito universal. Como uma pedra fundamental para qualquer caminho que a pessoa queira seguir.
Sobre como as pessoas que amam ler são apaixonadas por isso.
Sobre como é estranho que os jovens não têm curiosidade de conhecer novas historias e ler bons livros, como eles ficam anestesiados na fase teen, mas lança a pergunta: de quem é a culpa?
Conversa sobre a responsabilidade dos professores e pais, convocando-os a serem leitores, para poderem indicar livros, com paixão, dando o exemplo.
Também escreve como surgiram a ideia de alguns livros, como por exemplo Menina Bonita do Laço de Fita, e como alguns julgam o livro de racismo.
Os texto dialogam muito com quem está trabalhando no meio literário.
Quanto mais livros (bons) lidos, maior será a capacidade de ver o mundo, além do mundo. ;)
A autora lembra de sua infância com muitos primos e família numerosa, de como os encontros eram gostosos e com muita falação, risadas e bagunça, ou seja Algazarra. E como, hoje em dia, com tantos eletrônicos gritando e tirando a atenção das pessoas, os livros nas livrarias e nas bibliotecas (e até as pessoas) ficam silenciados, são algazarras em potenciais, que muitas vezes não acontecem, porque vivem fechados.
Ela discursa sobre intertextualidade,
sobre livros infantis,
faz algumas críticas às escolas, de como leitura é uma ferramenta que nos torna críticos, melhora nosso vocabulário,
nos faz conhecer novas culturas e principalmente nos ensina a aceitar a diversidade.
a importância da literatura ter linguagem simbólica e a prática de leitura com crianças hospitalizadas,
e também de censura na época da ditadura militar (ela foi presa 2 vezes - uma com o pai, aos 4 anos e outra quando era professora universitária, aos 28 anos), entre outros textos maravilhosos (como um onde a Ana fala, sobre aspectos teóricos dos contos populares e depois compara contos recolhidos pelos irmãos Grimm com as versões brasileiras desses contos apresentadas por Monteiro Lobato) . Uma discussão e tanto!
e
Ganhou o selo de Altamente Recomendáveis pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), em 2017.
Reúne 13 textos proferidos entre 1988 e 2011.
São todos textos apaixonados. Vemos como ela domina o assunto, expõe suas ideias e críticas e nos faz refletir sobre nosso papel enquanto agentes e mediadores de leitura. Os tantos questionamentos que ela levanta, suscitam ainda mais perguntas dentro de nós.
Sobre o prazer de escrever ou de ler, de como as vezes somos tão seduzidos pelo texto que nao conseguimos pensar em outra coisa, se não, voltar para ele (com um amante) o mais rápido possível.
Dialogando com outros teóricos que, como ela, pensam na literatura como um direito universal. Como uma pedra fundamental para qualquer caminho que a pessoa queira seguir.
Sobre como as pessoas que amam ler são apaixonadas por isso.
Sobre como é estranho que os jovens não têm curiosidade de conhecer novas historias e ler bons livros, como eles ficam anestesiados na fase teen, mas lança a pergunta: de quem é a culpa?
Conversa sobre a responsabilidade dos professores e pais, convocando-os a serem leitores, para poderem indicar livros, com paixão, dando o exemplo.
Também escreve como surgiram a ideia de alguns livros, como por exemplo Menina Bonita do Laço de Fita, e como alguns julgam o livro de racismo.
Os texto dialogam muito com quem está trabalhando no meio literário.
Quanto mais livros (bons) lidos, maior será a capacidade de ver o mundo, além do mundo. ;)
Os dois livros são ótimos, uma leitura que flui. Já levei os livros pra tudo quanto é canto, para mostrar paras amigas e meus exemplares são todos bem sublinhados com notas feitas por mim, com links para outros textos e livros. Super indico para pais, professores e cuidadores. Uma leitura pra repensar nosso papel e o papel da própria leitura, dentro e fora da escola.
Eu amo literatura infantil e desde muito antes de ser professora de artes, já amava o livro infantil. Usava livros para trabalhar os conteúdos da minha disciplina e a estimulação em crianças especiais e pequenas.
Mesmo agora, que sou mãe de teens, ainda fico muito animada com qualquer livro de literatura infantil.
A gente nunca sabe se está fazendo as escolhas certas na educação de nosso filhos. Na verdade só quando eles tornarem-se adultos é que vamos perceber o quanto erramos ou acertamos!
Eu decidi encher a vida dos meus filhos de literatura. Comecei lendo para eles no dia que descobri que estava grávida e não parei mais! A vida deles está repleta de histórias, de livros e de imaginação!
Eu acredito que quanto mais imaginação a criança usar quando pequena, maior será a probabilidade dela, no futuro, achar soluções criativas para seus problemas. A criança que usa a imaginação consegue olhar a vida com outros olhos, de uma maneira mais positiva, porque ela sabe que tudo pode ser transformado, rearranjado, modificado! Nos livros ela fala que Freud diz que a imaginação da criança começa no brincar. E que o brincar é uma grande fonte de prazer para a criança. Ela brinca de imitar os adultos porque o desejo maior dela é crescer e ser grande. A medida que ela vai crescendo vai deixando de lado a vontade de brincar, mas para a mente humana é muito difícil DESISTIR de uma fonte de prazer. Freud diz que ninguém o consegue, apenas fazemos uma troca. O brincar da criança transforma-se, quando adulto, no sonhar, nos devaneios e fantasias. E através da literatura que o adulto libera esse brincar e recupera esse prazer perdido.
Dentro do livro o adulto entra no história, participa como personagem, narrador ou/e ouvinte. Quando ele pega um livro nas mãos e abre-o é como se abrisse um portal para uma nova brincadeira! Um portal mágico onde tudo é permitido. Se ele gostar da história, mergulha de corpo e alma, ri, chora, prende a respiração, o coração acelera e ele não consegue largá-lo até chegar ao fim. Se para antes, fica contando as horas até reencontrar a história. Caso ele não goste, ele fecha o livro e parte para outra brincadeira, outro livro. É um prazer ao alcance das mãos, olhos e mente!
A literatura, nos diz a Ana, tem o "...papel fundamental para garantir a saúde emocional de cada um... Sem a literatura, caminhamos para uma sociedade doente." Será que nossa sociedade não está mesmo doente?
Quantos adultos infelizes, que sentem que falta algo em suas vidas? Falta a leitura de bons livros! Falta o brincar com as palavras, com os livros!!!
E como fazer de um adulto saudável, então?
Olha que responsabilidade têm as mães, pais, avós, tios, dindos e professoras: apresentar o livro à criança desde pequena! Fazer do hábito da leitura um prazer!
Apresentar o livro como mais um brinquedo especial, divertido, mágico e fundamental! Tudo isso para que a criança no futuro seja ainda mais saudável.
Para que ela perceba que cresceu e não perdeu o direito de brincar: tendo um livro nas mãos ela sempre poderá brincar a hora que quiser!
Era isso!
Fica a dica.
Era isso!
Fica a dica.
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