Eu estou fazendo Pós Graduação e numa das primeiras aulas tive o prazer de escutar o próprio Odilon falando destas obras.
Meu favorito é O MATADOR.
Já falei dele várias vezes dele nas redes sociais.
E já havia falado rapidamente dele AQUI, em 2010.
E inclusive foi nossa indicação para o clube Adoletra de Setembro, veja AQUI.
É a história de um guri que vê todos os amigos matando passarinhos com seus bodoques. Todos os amigos, menos ele. Ele tenta, tenta, mas não consegue. E isso vai deixando-o com uma raiva...
Ele não tem pontaria, por mais que pratique, sempre erra o alvo.
E a raiva só vai aumentando.
Um dia um passarinho pousa no telhado de casa, parece deboche, mesmo ameaçando, o passarinho nem se mexe. Ele aproveita a oportunidade para soltar toda a raiva que estava guardada dentro do seu coração. E isso o marcará pra sempre.
O Odilon nos contou que demorou muito tempo pra ilustrar esta história. Ela ficou anos guardada, pois ele não sabia bem como mostrar toda força que o texto tinha. Um dia começou a trabalhar em todas as imagens ao mesmo tempo. E quando estava trabalhando nelas, no seu atelier, quando recebeu a visita de um amigo. O amigo olhos para os papeis espalhados no chão e ficou intrigado e incomodado com a quantidade de verde nas imagens. Odilon falou pra ele que era a primeira aguada., era a primeira camada de cor e o amigo foi embora (querendo voltar para ver como ficaria no final). Porém, o Odilon ficou pensando o motivo do amigo ficar tão incomodado com a cor e gostou dessa "leitura", pois o texto gera um incomodo, um desconforto mesmo, e resolveu deixar assim, acrescentando no final apenas um toque de outra cor. O efeito é impactante e durador.
A edição pela SESI-SP editora tem um novo formato... O formato que o Odilon queria desde o começo: é menor, mais intimista.
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NEM FILHO EDUCA PAI é uma história forte e comovente.
O guri era filho único e sempre tivera tudo que queria... Bem, tudo não. Sempre quisera ter um animal de estimação, mas os pais não queriam saber de bichos.
Acontece que o pai ganha um cabrito vivo de presente pra ceia de Natal. O guri, quando vê o bicho chegar, não acredita! Logo já coloca um nome no animal e começa a cuidar dele. A mãe não gosta nada disso e fica preocupada. Esta história vai estragar o Natal. O pai do guri acha que é frescura dele. E não dá bola.
E o guri vai se apegando mais e mais ao cabrito. Um dia o pai proíbe o guri de ir no quintal, onde o animal está amarrado. O guri não desobedece, mas passa o dia na porta da cozinha, olhando pro bichano.
Quando o empregado do pai se prepara pra matar o animal o guri fica na frente e aí é que o drama realmente começa.
Eu tenho uma história parecida... Resumindo: meus avós tinham fazenda e uma vez, presenciei a matança de um porco, que gritava a beça, até o último suspiro. Nunca mais consegui comer carne de porco. Fica dentro da gente o grito, a facada....
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OS DOIS IRMÃOS.
Odilon nos contou que quando recebeu o texto ficou sem saber como ilustrá-lo. Foi conversar com a família de Piroli, já que este havia falecido pouco tempo antes. Os familiares começaram a contar histórias do pai e apareceu a história de dois galos que morava numa oficina mecânica perto deles. E aí Odilon teve uma ideia que achei sensacional!
Bem, como é a história de dois irmãos que moram numa oficina mecânica, sempre que a imagem toma conta das duas páginas, nós leitores, vemos os dois irmãos juntos.
Quando as ilustrações recebem uma margem, é a visão de um irmão á direita da página e a visão do outro irmão, na página da esquerda.
Um sempre está olhando pro outro, que está mais na frente.
Até parece aquela brincadeira dos 7 erros, pois as imagens da direita e da esquerda são levemente diferentes. E nos deixam intrigados.
A medida que a história avança vamos descobrindo o dia a dia dos irmãos. Até a hora que temos uma surpresa. E daí descobrimos que as páginas são o que os irmãos estão vendo, e isso quase sempre só percebemos na segunda vez que lemos o livro, após chegar no final aberto. Voltamos pra tentar descobrir o que realmente aconteceu. Aquele tipo de livro que nos deixa intrigados e temos que ler de novo e de novo, pra tentar descobrir o que não está no texto, nem nas ilustrações... Ou será que está?
Uma coleção linda.
Se você gostou, tato quanto eu, não deixe de ler a coleção NOVELETAS, do Wander Piroli também, Falamos dela AQUI.
E boa leitura!
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