Recebemos o lançamento da Maria Amélia, da editora Amelì:
Com um texto cadenciado, uma ilustração em tons melancólicos,
mostra um pedaço da vida de Juvenal,
o jardineiro, que é induzido a aposentar-se. Porém, quando a profissão é mais que uma profissão, é o exercício de um dom,
é difícil ser obrigado a parar, mesmo já estando velho para o trabalho.
Pela simbiose criada pelo jardineiro e seu jardim, a ameaça da separação causa uma crise nos sujeitos:
Com um, tristeza, vazio, depressão, prostração; no outro, exuberância, anarquia, rebeldia, invasão... E depois a descoberta que são melhores juntos.
A alegria, representada na infância e no dente de leão, mostram pro Juvenal e pro leitor a possibilidade da alegria de encontrar na própria terra, o paraíso.
Um livro poético, sobre os dons de cada um, a passagem do tempo, as relações descartáveis e o sentido da vida. Sobre se reencontrar-se após os incidentes, se reerguer. Um livro que vai falar muito com a criança interior dos adultos.
O livro nos lembrou, em algumas passagens, de outros dois que já passaram por aqui: Vovô Verde, do Lan Smith, da Companhia das Letrinhas e A Árvore Vermelha, de Shaun Tan, da SM literatura.
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