Dicas para ententer crianças presas em casa

Americanah

Foi há 3 meses atrás que abri as páginas do livro “Americanah” pela primeira, e menos de 7 dias depois, estava finalizando suas quase 500 páginas. Foi um caso de amor instantâneo, que me fez dedicar um feriado inteiro para o livro, o terceiro da minha série de post sobre Autoras Mulheres Contemporâneas em parceria com a Companhia das Letras. Você pode conferir os outros dois livros aqui e aqui.

Vendo a minha empolgação, a Gisele até me mandou outros dois títulos da Chimamanda Ngozi Adichie: "Para educar crianças feministas" e "Hibisco Roxo" (dois outros títulos da Companhia das Letras). O primeiro foi devorado em uma tarde e me inspirou para assistir o TEDx da autora de mesmo nome:



O Ted Talk reforçou a importância da autora, negra, mulher e africana Chimamanda é uma referência hoje no mundo.

A palavra certa para descrever Americanah é Contemporâneo. Todos os assuntos mais quentes em pauta hoje estão contemplados na narrativa viciante da autora: imigração, racismo, relações abusivas, maternidade, abuso sexual, corrupção, governo militar, internet, empreender pela construção de conteúdo nas redes sociais, feminismo, protagonismo negro.... A lista continua e acredito que foi por isso que demorei tanto para escrever sobre, já que fiquei semanas digerindo, buscando pessoas que já tinham lido para conversar, querendo que aquela relação não terminasse com o fim da história.



O livro conta a história de Ifemelu, numa narrativa que mistura diferentes tempos do passado e do presente, parte vivida na Nigéria e nos EUA, intercalada com a história de outro personagem importante na história: o seu primeiro namorado, Obinze. O mais interessante é como a protagonista compartilha sua visão de mundo, que vai se modificando e ampliando com as experiências vividas nos dois continentes. A jovem nigeriana e universitária se depara com a possibilidade de viver o sonho do seu namorado, de estudar numa escola americana. De repente ela se percebe como negra (antes não sentia as diferenças de cor) e imigrante, tento que se sustentar nos EUA. No decorrer da sua jornada, percebemos que as dificuldades vão dando lugar a oportunidades e ela se torna uma personalidade (influenciadora se chamarmos no tempo atual) e pesquisadora sobre o feminino.

Americanah foi Vencedor do National Book Critics Circle Award e eleito um dos 10 melhores livros do ano pela NYT Book Review.

Outro aspecto muito interessante, é que compartilha no livro os textos publicados em seu blog. O que vemos na prática, é uma dupla representação do protagonismo negro feminino – da autora e personagem, que nos permitem ampliar nossa visão sobre o racismo e machismo cotidiano. Achei incrivelmente inspirador, em um momento em que as mulheres negras estão ampliando seu espaço de liderança e ocupando cada vez mais espaços e representatividade.

A autora Chimamanda. Fonte: Glam Africa

Uma boa notícia é que a Lupita Nyong'o, de Pantera Negra e 12 Anos de Escravidão, logo mais levará Americanah para mais um espaço de protagonismo: as telas de cinema.

Compre o livro pela Amazon.

Assista o trailer:


Para saber mais sobre a autora:
Assista outro importante TEDx da autora aqui.
Sobre Americanah, disponível no site da Companhia das Letras.

Para comprar o livro: https://amzn.to/2BBRcJB

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