Dicas para ententer crianças presas em casa

Bansky Guerra e Spray

Um dia (este ano) procurando sobre Street Art para trabalhar com teens, me deparo com o livro

BANSKY GUERRA E SPRAY no site da Intrínseca!
O livro começa falando que ele contem elementos criativos e artísticos, não tem a intenção de incentivar a prática do grafite nos lugares proibidos ou inapropriados. É um livro de arte e sobre arte.

Bansky é arte, é política, é questionamento, é tomar a cidade e torná-la viva e visível no meio de tanto caos e no meio de tanta rotina. Um livro que resignifica o espaço de arte e espaços da cidade. Muiiiiiito legal! Excelente livro pra reflexão e conversar (questionar, levantar perguntas - sem fechar em respostas) com teens sobre a voz própria.

O muro é o lugar de luta contra as empresas que nos abrigam a ver, tudo que elas querem vender. E hoje temos o muro do Facebook ou das redes sociais, para colocar as nossas ideias, mas antigamente, antes das redes sociais, era o muro dentro da cidade mesmo.

Bansky começa o livro com um manifesto.

Os artistas usavam estes espaços, permitidos ou não, para se expressarem, seja contra o sistema vigente, seja contra as propagandas, no caso do Bansky da obrigatoriedade de ver algo que não se quer ver (É uma forma de ver o mundo além dos outdoors e propagandas que jogam na nossa cara coisas que não queremos ter e, ao mesmo tempo, nos tornam infelizes e frustrados por não tê-las.) e a cidade toda é obrigada engolir. O muro um espaço de revolta e de reclamação.  

E tanto se reflete isso nas redes sociais que em espanhol não se diz página do Facebook, mas muro do Facebook. Tu vais colocar no teu muro alguma coisa.

O artista fala de como começou a trabalhar com o estêncil, e nos conta pequenas histórias, modo de fazer, curiosidades, características do entorno e quanto tempo levou pra fazer algumas de suas obras.

Questiona o tempo todo a ideia de propriedade privada já que aquela propriedade é vista todos os dias, com o vai e vem da cidade, tornando aquele um local público. Nesta ótica ele faz intervenções que ficam ao alcance de todos.

O livro é dividido em 6 partes:

1. Macacos





 2. Policiais

A obra mais famosa desta fase é o painel  que mostra uma menina que perde o balão em formato de coração. Ao lado da ilustração, tem a frase: "There is always hope". Feito em stencil, Girl with Balloon  ( 2002, em Londres) já foi replicado algumas vezes, inclusive...

Enquanto estávamos debatendo sobre o livro para o post, a Cathe me falou que uma réplica da Menina com balão foi leiloada e no momento da compra, ela se autodestruiu!!! Fiquei chocada! Isso aconteceu em Outubro deste ano (2018), você ficou sabendo? 
Link AQUI.


3.Ratos


Aqui o artista cria uma série de ratos subversivos - Bansky diz: imagina uma cidade onde o grafite não é ilegal, onde qualquer um pode desenhar onde quiser, uma cidade colorida, inundada com frases curtas e cores! Uma cidade que é uma festa onde TODOS foram convidados, não só quem tem dinheiro para pagar pelo espaço na parede.



O artista viajou diversas vezes à Palestina e fez intervenções ao longo de diversas partes.


Nem todos gostaram...


Ele também fez várias intervenções em Zoológicos, questionando esta forma de entretenimento. 


4. Vacas


5. Arte

Depois de ser reconhecido nas ruas, Bansky resolveu "invadir" o espaço da arte por excelência: OS MUSEUS...

E fez uma série de pinturas vandalizadas, onde ele se apropriava de pinturas "clássicas" (na forma tradicional de se fazer arte: pintura em tela) e adicionava elementos da vida contemporânea.



Além disso, ele usava um disfarce

e as colocava dentro de museus, ao lado de pinturas famosas.
Junto às fotografias ele conta algumas curiosidades e quanto tempo a obra permaneceu acompanhando as outras, até alguém notar que não pertencia à coleção. No caso desta (acima), a fita adesiva era de pouca qualidade caindo da parede depois de 2 horas.

Mas algumas ficaram por dias a fio...


E outras, quando descobertas, foram incorporadas ao museu, como esta (acima), que hoje faz parte da coleção permanente.
O que mostra como é forte o movimento do sistema das artes de tentar capturar e ganhar dinheiro com quem está à margem, fora do sistema, quando o artista se torna mundialmente conhecido.

 6.  Mobiliário Urbano.


Aqui Bansky intervem na cidade refazendo placas conhecidas (pare, dê a preferência, cuidado, proibido) e interagindo com estátuas e lugares conhecidos, provocando mais estranhamentos.

A intrínseca nos enviou 2 cópias, pois faremos ações em Brasília e em Porto Alegre com o livro. Estamos A-PAI-XO-NA-DAS pela publicação.




Há vários documentários sobre ele também:

AQUI, Graffiti Wars

AQUI, Saída pela loja de presentes

AQUI, Bansky Does NY

Até hoje não se conhece a identidade do artista, sabe-se, que nasceu em Yate, na Inglaterra. Seus grafites começaram a aparecer em 1993.

Mais adiante falaremos de outros livros nacionais sobre o assunto e colocaremos o link aqui.


Claro que a Ceci amou e quis experimentar um pouco também!




Não é fácil controlar o spray!

Mas adoramos a experiência!

Fica a dica.

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