O PATINHO MATEMÁTICO, de Jean Claude Alphen, é um livro grande, quadrado. Destina-se principalmente às crianças que começaram a identificar e a contar até 4.
A capa é amarela e é gostosa de tocar, parece um emborrachado macio. A guarda conta um pedaço da história. A linguagem visual dá ênfase na separação: de um lado os que são iguais, olhos fechados, ignorando o patinho diferente, formando um bloco impenetrável, adentrando o livro.
Do outro, à margem, o diferente, surpreso, sozinho. Mas ela, a história, só começa aqui definitivamente, depois da folha de rosto. O amarelo dá lugar a um branco de silêncios.
E então nos deparamos com, de um lado os números em sequência, de 1 a 4, mas na forma de uma pergunta “1,2,3… 4?” e na outra folha vemos 4 ovos, só que um deles não é colorido.
Adentramos o livro com jogos de perspectiva, as ilustrações vão se afastando e se aproximando do leitor, como uma câmera de cinema, para dar mais tensão, ou suspense, ou carregar na dramaticidade da tristeza, levando-o a sentir de forma mais empática os sentimentos e a evolução interior do protagonista.
As ilustrações dão ênfase na emoção, muito mais que as palavras, ou no caso do Patinho Matemático, dos números. Ele é diferente, sai em busca de um outro ou outros +1s. Mas ao se encarar no espelho da água, viu que ser 1 tem importância. E resolve ser a melhor versão de si mesmo em 1,2,3!
O texto é bem sucinto, cheio de silêncios e a linha condutora da história é apresentada através de ilustrações. E diferente das outras versões, o patinho não aceita sua desfortuna de modo fatalista.
Na versão de Jean Claude, ele resolve mudar, ser quem ele quer ser e só aí, que ele encontra sua +1.
Aqui em casa amamos.
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