O RATO E A MONTANHA. O livro é de Antonio Gramsci e as ilustrações são da Laia Domènche.
É a história de um ratinho que estava morrendo de fome, então ele encontra,
em uma casa muito pobre, um copo em cima de uma mesa cheia de leite. Ao tentar beber, derruba o copo,
derramando todo conteúdo. No outro dia, um bebê acorda chorando e a mãe se desespera
porque era a única coisa que ela tinha para dar para o filho.
O Ratinho sente-se culpado e vai atrás de uma cabra, para pedir um pouco de leite.
Só que o local era tão pobre e inóspito que a cabra não produzia mais leite. Não havia capim. O rato vai até o campo e pede por favor, por um pouquinho de capim. E explica a situação. Mas o campo está sem água, não produz mais nada.
O rato vai até a fonte e pede por favor, um pouco de água. Mas a fonte está quebrada.
Assim o Ratinho percebe que uma coisa depende da outra, se todos trabalharem juntos, tudo pode começar a melhorar. Ele começa a conversar com todo mundo para cada um ajudar um pouquinho e com isso, todos saem ganhando.
É uma fábula muito bonita que foi escrita pelo autor, quando este estava preso. É um conto da tradição oral do seu Vilarejo, lá na Itália. Antonio escreveu para a esposa pedindo que ela contasse esta história para os dois filhos deles. Ele, o autor, foi um dos fundadores do partido comunista da Itália e este livro tem um enfoque comunista mesmo: Todos precisam trabalhar em conjunto para que as coisas aconteçam.
O livro já abre diferente, na vertical, mudando nossa percepção da narrativa. O olho começa no pé da página e sobe até a nossa mão, que segura o livro, no alto.
A ilustração é muito bonita e muito forte, conduz o olhar. As cores evidenciam a escassez, a pobreza, a falta de perspectiva das pessoas. E vão mudando a medida que as pessoas, objetos e natureza trabalham juntas.
Um livro #paratodasasinfancias, principalmente para as kids mais novas começarem a pensar a importância do todo (natureza, homem, união- ver além do próprio umbigo).
Muito interessante
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