Dicas para ententer crianças presas em casa

Fontes!!!


F de livro! F de FONTES! 

Todo livro tem letras, mesmo os livros-imagem têm título, ISBN, ficha catalográfica e precisamos de fontes pra escrever tudo isso.

Você já parou pra ver os tipos de fontes que mais lhe agradam? Aquela fonte que facilita a leitura de textos graaandes, ou aquela outra fonte que é enorme e você pode ler mesmo na mão de uma criança balançando o livro? Ou aquelas fontes que de tão pequenas e com cores claras tornam a leitura quase impossível, se não tiver uma certa luz ou o livro num certo ângulo, ninguém lê (e não tem a ver com idade, não!)… 

 As fontes estão em todos os livros e são super importantes. Pode até parecer algo banal, mas, focando nos livros infantis, eles dão vida e ajudam a contar a história junto com a ilustração e o texto. Podem potencializar a leitura ou dificultá-la (muito).


Não é qualquer fonte que cabe em qualquer lugar. Precisa combinar com o projeto gráfico, com o estilo da ilustração, precisa ter uma cor que não confunda e se misture com o fundo e que não dificulte a leitura, mas ao mesmo tempo não pode saltar do livro ( a não ser que seja o objetivo do designer ou do texto). A fonte não pode pesar na página, nem sofrer cortes indesejados. 

Ela precisa estar em harmonia com o todo, potencializando a experiência de leitura. Poucas pessoas se quer notam a tipografia, você já reparou em fontes e foi procurar no livro pra saber qual era? Você pode ver no colofão (veja o #cdelivro ou #abcdolivroki, lá no www.instagram.com/kidsindoors, pra ver onde isso fica) do livro. Mas geralmente ninguém da bola, não. 
Eu dou. 
Hehehe


E não é só escolher uma fonte, precisa ver o tamanho, a distância que as letras vão ficar entre si, a distância que cada palavra vai ficar separada da outra (dos lados, em cima e em baixo também). Precisa pensar se ela deve ser inclinada ou bold (mais forte e grossa), com serifa (pezinhos – que tem origem na letra emendada), que parece juntar mais as letras para uma leitura mais fluida.


 As fontes também são escolhidas visando o perfil dos leitores para aquele livro (não que seja algo fechado), se o livro é para crianças no início de alfabetização ou com dificuldade visual, se prioriza fontes em caixa alta, espaçamento maior, que permita uma leitura calma, que beneficia a leitura. 

Já num livro de transição as fontes podem ser usadas como ilustração (principalmente as onomatopeias), já que cria uma mancha gráfica, o autor/designer joga e brinca como imagem. Pode-se combinar de fontes: 

entra com outra fonte pra mudar o narrador, ou quebrar a sequência visual e verbal, tornando a leitura mais dinâmica.

Uma fonte mais divertida e bagunçada não combina com um texto sério ou uma narrativa gótica, por exemplo. 

Muitos autores criam suas próprias fontes e, assim como marca, basta ver uma letra pra saber de quem é a fonte ou de qual autor o livro pertence, trago o exemplo do alfabeto do Oliver Jeffers. E você? 


Tem uma fonte favorita? 
A minha atualmente é a LUNCH BOX. 
Conhece?

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