” A vida é um fio, memória é seu novelo.” É assim que Bartolomeu Campos de Queirós, abre seu livro sobre o fazer literário.
“Enrolo – no novelo da memória- o vivido e o sonhado.”
Ele vai tecendo paralelos entre o trabalho de ser escritor…
“Se desenrolo o novelo da memória, não sei se tudo foi real ou não passou de fantasia.”
E o trabalho da aranha…
“E aranha não gosta de vazio. Em todo vazio ela desenha um esqueleto de guarda-chuva, mesmo sabendo, muitas vezes, que chuva não há.”
O vazio das paredes e o vazio do branco do papel enchem o ar de perguntas e gritam! Como o poeta e a aranha, quando encontram o nada, o vazio, trabalham no silêncio e na coragem. Precisam transbordar para criarem sentido, para criarem poesia com imagens e palavras.
“Minha memória não tem tamanho, e a ponta de seu fio nasceu com o meu nascimento. Em liberdade deixei que ela escrevesse sobre o papel vazio- que me vigiava- o seu intenso mistério.”
O ilustrador é o Salmo Dansa que tem a magia de ilustrar os textos com a matéria prima a qual a história faz referência (já ilustrou Rapunzel usando fios de cabelo como linha, João e Maria, usando chocolate como tinta). Aqui, ele usa agulhas, lápis e linha de costura, sobre um pano de bordar. Trabalho igualmente sensível e belo.
O texto da quarta capa é da Ninfa Parreiras e o livro é da @globaleditora.
E te pergunto: como andas escrevendo a tua memória? Ou melhor, com que matéria andas escrevendo as tuas memórias?
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